A grande Prova de Helenita

Helenita e sua mãe estavam fazendo compras para o Natal. Enquanto visitavam uma e outra loja em busca de melhores preços para as lembranças que pretendiam comprar, Helenita não conseguia esquecer a linda boneca, parecida com um bebê de verdade, que vira numa das lojas. Esse era o presente que gostaria de ganhar no Natal, mas havia perdido as esperanças. A mãe lhe dissera que a boneca custava muito caro.

Em uma esquina, enquanto a mãe examinava os objetos de uma vitrine, Helenita viu alguma coisa no chão: era uma carteira e parecia conter dinheiro em grande quantidade. Bem depressa, a menina se abaixou e apanhou a carteira, colocando-a no bolso.

Olhou para todos os lados e procurou certificar-se de que ninguém a estava observando: "Quem encontra guarda", disse consigo mesma, e achou por bem não contar nada a sua mãe. "Nesta carteira, está a solução para a compra da minha boneca preferida!"

Helenita, porém, perdeu o interesse nas compras. Seu pensamento agora estava no seu achado. Ficava cogitando: "Quanto dinheiro deverá conter? Talvez 50 reais? Ou, quem sabe...?

A mãe logo percebeu o desinteresse da filha, ao mostrar-lhe uma caixinha de música que pretendia comprar para dar de presente à vovó.

__ É... parece bonita __ respondeu quando sua mãe lhe pediu que desse opinião.

__ O que é que você tem? Está cansada? __ quis saber D. Ieda.

__ Acho que sim... __ resmungou a menina.

Pouco tempo depois, mãe e filha tomavam o ônibus de volta para a casa. Helenita só pensava na carteira. Estava ao mesmo tempo excitada para saber quanto dinheiro havia nela, e um pouco preocupada.

Uma voz parecia dizer-lhe ao ouvido: " Essa carteira não lhe pertence."

A menina sentia-se impaciente. Estava certa de que o ônibus nunca havia demorado tanto para chegar ao bairro onde morava. A mãe percebia o comportamento um tanto estranho da filha, mas preferiu não fazer nenhum comentário. Resolveu esperar um pouco mais para tentar descobrir o que se passava com Helenita.

"Oh, que linda carteira!" __ exclamou a menina quando finalmente, pôde examiná-la sozinha em seu quarto. "E quantas notas novinhas"! Em seguida, começou a contar: Um, dois, três, cinco, dez, vinte, três mil reais!" Isso mesmo. Havia 3 mil reais na carteira. Daria para comprar a boneca dos seus sonhos...!

"Estou rica!" __ disse baixinho, temendo que a mãe pudesse escutar alguma coisa. "Amanhã mesmo irei comprar minha boneca"! Mas logo surgiu um problema: a mãe certamente iria perguntar onde ela tinha conseguido tanto dinheiro. "Esse dinheiro não lhe pertence", sugeriu novamente uma voz interior. "Você deve devolvê-lo ao seu legítimo dono."

"Ora, eu o encontrei na rua", argumentou Helenita, "e quem encontra guarda". Além, disso, nem sei a quem pertence a carteira."

"Mas você nem sequer olhou direito para ver se há algum cartão com o nome e endereço do seu dono", insistiu a voz da consciência.

Helenita resolveu examinar melhor a carteira. E não teve nenhuma dificuldade em achar um cartão contendo todas as informações sobre o seu proprietário. Tudo estava indicado com bastante clareza: Josué Hildebrando Silva, Rua Serra da Mantiqueira, nº 802.

"Está bem. Já sei quem é o dono da carteira. Mas ele não me conhece. Nunca irá descobrir que seu dinheiro ficou comigo" disse ela.

Apesar de estar discutindo com a própria consciência e desejosa de realizar seu sonho, Helenita não estava satisfeita. Seus pais lhe haviam ensinado muitas lições de honestidade e ela não parecia conseguir convencer-se a si mesma de que estava tomando uma atitude honesta.

"Eu, uma menina desonesta? Jamais!" Assim dizendo, foi imediatamente procurar a mãe para contar-lhe sobre o achado. D. Ieda não se mostrou muito surpresa.

__ Eu estava observando seu jeito estranho de agir quando terminávamos as compras __ começou a mãe, enquanto examinava a carteira, o dinheiro e os documentos nela contidos.

__Será que o papai poderá entregá-lo ao Sr. Josué hoje à noite quando chegar do trabalho?

__ Com certeza! E você poderá ir junto __ Assegurou D. Ieda. __ Você vai ver como o dono da carteira ficará feliz.

E assim aconteceu.

Naquela noite, quando Helenita e seu pai entregaram a carteira ao Sr. Josué, este quase deu um pulo de alegria.

__ Embora o dinheiro me fizesse falta __ disse ele __ minha maior preocupação era com os documentos.

Em seguida, tomou uma nota novinha de cem reais e a entregou a menina. Helenita só aceitou a recompensa depois de muita insistência do Sr. Josué.

Ao voltarem para casa, ela contou ao pai como fora tentada a ficar com o dinheiro para comprar sua boneca. Mas agora estava muito mais feliz do que se tivesse a boneca dos seu sonhos nos braços.]

__ Sei que você gostaria muito de ter essa boneca __ disse o pai.

__ Mamãe e eu vamos completar o que falta para que você compre a boneca. Espero que você continue cultivando essa virtude: a honestidade.

Autor: Dallas Youngs

 



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